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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cris - a renascer das cinzas sem apoios institucionais...


"Conheço a Cristina (Cris, para os amigos, Cristininha, para mim) desde que ela tinha 10 anos (eu tinha 18). Viviamos as duas no Porto, nas Antas. Adolescente lindíssima, com um cabelo que lhe dava pelo meio das costas. Eramos vizinhas e fui explicadora de matemática dela. Tal como eu, sempre adorou animais, e era a minha casa que iam parar os animais, que a mãe dela não aceitava. O meu Nirak foi para minha casa numa “acção concertda” entre mim e ela, junto do meu pai. Crescemos juntas, trabalhamos e divertimo-nos… Ela engravidou e eu tive a sorte de assistir ao parto. Ver a Mariana nascer foi uma experiência que jamais esquecerei. 
No ano passado, aos 36 anos, o mundo desabou para a Cristininha: Era mãe solteira (apesar de ter namorado), filha única, desempregada (a receber pelo fundo de desemprego) e foi-lhe diagnosticado cancro da mama. Em Setembro de 2012 fez a primeira cirurgia e foi-lhe retirada uma mama. Depois esvaziou os gânglios. Depois fez químio e radioterapia… O seu cabelo longo caiu, bem como as pestanas e as sobrancelhas… Mas continuou linda, e a lutar por se manter de pé. Com peruca, com maquilhagem especial, continuou a enfrentar a vida com um sorriso e uma imensa vontade de viver. E sempre que pode sim, tenta divertir-se o mais que pode com os seus amigos. 
Durante o processo de recuperação ficou sozinha com a filha e não conseguiu arranjar trabalho. Com a ajuda de amigos, e com o fundo de desemprego foi conseguindo pagar as suas contas… Esta isenta de taxas moderadoras, A segurança social dà-lhe a quimio em pastilhas, mas o resto da medicação é ela que paga. Vai tentar agora que a segurança social lhe pague metade das despesas com medicação. Mas este mês perdeu o fundo de desemprego, e viu rejeitado o pedido de reforma antecipada. Agora tem que esperar um mês para meter os papéis para o rendimento de inserção social, que serão 170€. A resposta irá demorar cerca de 2 meses... e durante 3 meses, é suposto viver de quê? E poderá não ter direito porque… tem uma casa – um T2 que está a pagar ao banco… Em Setembro próximo irá ser de novo internada, para lhe ser retirada a segunda mama e tentarem a reconstrução. 
Em que raio de país estamos em que uma doente oncológica, com sorte, vai receber 170 euros para se sustentar a si e à filha? E a quem ainda dizem que irá receber uma visita de uma assistente social e que, se a filha não tiver as condições adequadas será retirada… Como é suposto ela dar as condições adequadas à filha quando terá 170 euros para pagar as suas despesas?
A Cristina não sabe o que vai fazer à sua vida. A Cristina quer trabalhar, mas para já, com uma cirurgia marcada para Setembro, não pode, pois vai ter um período de recuperação que será longo – provavelmente só lá para Dezembro poderá trabalhar. A Cristina quer ter a sua filha consigo, pois é sua razão de viver, mas tem muito medo que lha tirem, por falta de condições…
Como podemos ajudar a Cristina? Dando sugestões sobre que tipo de apoios ela pode requerer e que ela possa não estar informada. Informar sobre alguma possibilidade de emprego. Contribuir para um fundo de apoio. Divulgar muito este apelo.
Obrigada pela vossa atenção. Para mais informações ou dúvidas: ana_riis@hotmail.com
Fundo de apoio Ana Cristina loureiro Alves - Santander Nib: 0018 0000 5067 5296. 0010. 5; Iban : pt50 0018 0000 5067 5296 0010 5"


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