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domingo, 24 de julho de 2011

Doação de medula óssea

A primeira transplantação de medula óssea foi efectuada com sucesso em 1956, remontando a 1973 a primeira transplantação com dador não aparentado. Este facto marcou o começo de uma nova era no tratamento de doentes com diferentes patologias que podem ir desde defeitos genéticos até às doenças oncológicas. Com este tratamento aumentou a esperança de vida de muitos doentes com leucemia, algumas anemias e outras doenças hereditárias potencialmente fatais.



Para que se possa fazer uma transplantação de medula óssea é contudo necessário que haja identidade a nível genético entre o dador e o receptor. Ou seja, é necessários que sejam iguais num sistema de antigénios tecidulares designados por HLA (do inglês Human Leucocyte Antigens ou antigénios leucocitários humanos, como se diria em português).
Acontece contudo que existem 6 antigénios diferentes, cada um com dezenas de variantes, e que se combinam entre si de diferentes maneiras, pelo que a probabilidade de haver um dador igual fora dos familiares é muito difícil.
Actualmente a transplantação de medula óssea é uma prática corrente mas só cerca de 25% dos doentes têm um dador familiar compatível. Restam assim os outros 75% que têm de recorrer a dadores não aparentados.
Apesar destes seis marcadores parecerem um número pessoal de lotaria, com os esforços conjuntos levados a cabo pelos responsáveis de vários países aumentou-se a possibilidade efectiva de se encontrarem dadores compatíveis com os doentes. Para isso contribuiu a criação em cada País Registos de Dadores Voluntários de Medula Óssea.
A transplantação de medula óssea com dadores não aparentados aumentou nos doentes a taxa de sobrevivência de 30% para 80%.
Para muitos doentes a transplantação de medula óssea é efectivamente a única possibilidade de cura e de vida e depende da disponibilidade de todos os que se inscrevem nos registos nacionais e internacionais.

Porquê ser dador?
Porque, em muitos casos, a única esperança de cura é encontrada em dadores voluntários compatíveis com o doente.


AS VÁRIAS ETAPAS ATÉ À DOAÇÃO
Se o doente não tiver um dador familiar compatível é iniciada uma pesquisa aos registos de dadores. Assim que é identificado um potencial dador compatível, este é informado e, caso aceite, vai prosseguir o processo.
Nessa altura o dador vai ser chamado para fazer testes adicionais de compatibilidade, bem como uma nova avaliação para doenças virais que possa ter tido no espaço de tempo entre a inscrição e a chamada. É este o passo a que chamamos a activação do dador.
Se a avaliação de todos os resultados laboratoriais continuar a considerar o potencial dador como o mais indicado, este vai ser submetido a um exame médico completo e no qual onde pode ainda esclarecer quaisquer dúvidas que tenha sobre o processo de dádiva.
Nesta fase o dador deve estar absolutamente certo da sua decisão de fazer a doação e é-lhe então pedido para assinar um impresso de consentimento informado. A partir desse momento o doente começará a fazer a preparação para a dádiva de células de medula.
COMO SER DADOR?Se a sua idade está compreendida entre 18 e 45 anos, se tem boa A transplantação de medula óssea é uma prática terapêutica reconhecida, que permite muitas vezes a cura de doenças graves e que podem ser frequentemente mortais.
Estas doenças são muito variadas e podem ocorrer quer em adultos quer em crianças. As mais frequentemente citadas são as leucemias, outras há como a aplasia medular (diminuição importante ou ausência na medula óssea das 3 linhas celulares que dão origem aos eritrócitos, leucócitos e plaquetas do sangue periférico), ou ainda algumas imunodeficiências primárias que se manifestam pouco tempo após o nascimento.
Para estas situações, muitas vezes a única esperança de vida é a transplantação de medula óssea com um dador idêntico.

Todas as informações estão disponíveis em: http://www.apcl.pt/PresentationLayer/ctexto_00.aspx?ctlocalid=35

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