Este projeto de turismo social insere-se na "estratégia para obter uma fonte alternativa de receitas", explica Emanuel Martins, presidente da instituição com 86 anos de história e 16 programas sociais em curso, desde creche e lares de acolhimento, a apoio domiciliário e refeitório com take-away.
Trata-se de 30 alojamentos, com preços 30% inferiores ao valor real da diária, divididos em 12 suites com casa de banho privativa, ar condicionado, televisão e um alpendre sedutor a puxar para o solário, e 18 quartos (€25 ou €35/duas pessoas) com o pequeno-almoço. Cada uma das estantes refeições custa 6 euros.
A decoração dos aposentos esteve a cargo de diversos decoradores que a custo zero, com pouco material e o apoio de algumas empresas ou instituições (como a Fundação Benfica e os Leões de Portugal), arranjaram soluções imaginativas. Depois de a autarquia lisboeta ter deixado de pagar, em 2010, os 2 milhões e 600 mil euros por ano da indemnização acordada após o encerramento da Feira Popular de Lisboa, em 2003 - principal fonte de financiamento da obra social O Século - foi preciso arrumar a casa e "com o mínimo de dinheiro, fazer o máximo", refere Emanuel Martins. O resultado está à vista.